sábado, 18 de dezembro de 2010

Plano de Ação – Revitalização Conselho Escolar

Plano de Ação – Revitalização Conselho Escolar
Por Manoel Augusto Miranda Dourado [1]

           O Conselho Escolar do colégio estadual Idalina da Silva Dourado está passando pela Revitalização, pois o que existe não funciona adequadamente, as reuniões são realizadas somente com o pedido da direção da escola quando necessário.
objetivos:
  •   Revitalizar o conselho escolar do Colégio Estadual Idalina da Silva Dourado;
  • Construir a cultura de participação e presença da comunidade na unidade escolar. 
Justificativa
           O momento histórico que estamos vivendo nos permite sonhar com uma escola democrática, aberta, onde a participação da comunidade é constante, todos se sintam responsáveis pelo bom andamento e o sucesso escolar seja a bandeira comum.
         A dificuldade de participação pode-se explicar pela falta de uso desta prerrogativa, pois, em tempos de ditadura proibia reuniões, assembleia presença de grupos em escolas e sindicatos e conselhos. E depois  desta longa jornada sem a participação popular estamos aprendendo usar e valoriza esta pratica democrática.
           Hoje sentimos e às vezes não entendemos o porquê da ausência  dos pais nas unidades escolares, mas continuamos na lutar para que estas comunidades façam o exercício da participação ativa, e a escolar e o lócus onde este exercício deve ser trabalhado para construção da democracia participativa e emanicipadora.           Concordamos que os conselhos escolares poderão ser usados  como instrumentos  para implementação da democracia representativa[2], pois podem ser regidos pelos princípios da autonomia, transparência e comprementidos  com a construção da escola cidadã.  Freire diz de forma brilhante:
Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democraticamente.    (Freire)
           A democracia pressupõe participação interesse comum, decisões colegiadas e freire nos convoca a fazer   este exercício. A eleição para dirigentes escolares foi também um momento impar, pois permitiu que toda comunidade se movimentasse e participasse de forma ativa.
As eleições diretas para diretores, historicamente, têm sido a modalidade considerada mais democrática pelos movimentos sociais, inclusive dos trabalhadores da educação em seus sindicatos. Mas ela não está livre de uma grande polêmica. A defesa dessa modalidade vincula-se à crença de que o processo conquista ou retoma o poder sobre os destinos da gestão. A eleição direta tem sido apontada como um canal efetivo de democratização das relações escolares. Trata-se de modalidade que se propõe valorizar a legitimidade do dirigente escolar como coordenador do processo pedagógico no âmbito escolar. (Oliveira p. 6)

           A eleição para o Conselho escolar veio em boa hora, pois o mesmo precisava ser revitalizado, creio que com o novo grupo a motivação volte contando com a gestão sempre atenta para não deixar morrer o entusiasmo.  

O conselho escolar Fundamentação teórica, marco legais;
           A educação brasileira passa pela organização de espaços colegiados se realiza em diferentes instâncias de poder:
        Conselho Nacional;
        Conselhos Estaduais;
        Conselhos Municipais;
        Conselhos Escolares
A gestão de sistema implica o ordenamento normativo e jurídico e a vinculação de instituições sociais por meio de diretrizes comuns.

“A democratização dos sistemas de ensino e da escola implica aprendizado e vivência do exercício de participação e de tomadas de decisão. Trata-se de um processo a ser construído coletivamente, que considera a especificidade e a possibilidade histórica e cultural de cada sistema de ensino: municipal, distrital, estadual ou federal de cada escola. (Brasil 2004 vol. 5. p. 25)

           A constituição de 1988 em todo seu art. 206 traz teor a importância da gestão democrática 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei.
           Há ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB: No art. 3º, no Art 14 e no art. 17; Plano Nacional de Educação (PNE) - aprovado como Lei n. 10.172. Estas leis fortalecem a ideia da gestão colegiada.
           Os Conselhos Escolares são compostos pela direção da escola (membro nato) e representação dos estudantes, dos pais ou responsáveis pelos estudantes, dos professores, dos trabalhadores em educação não-docentes e da comunidade local.
Revitalização do Conselho Escolar
Ação
Responsável
Envolvidos
Cronograma
Produto/Instrumento/Evidencia
Convocação de reunião para discutir o conselho escolar

Direção da UE

Conselho escolar e Gestão

13/10

Convite para a reunião
Formação da comissão eleitoral
Gestor e presidente do colegiado em exercício
Todos
29/10
Convite para a reunião
Realização da eleição
Comissão eleitoral
Todos
10/12
Cédula de votação
Revitalização do Conselho Escolar
Direção e Conselho Escolar
Toda a comunidade escolar
A partir da posse  do conselho em fevereiro de  2011
A vontade de todos que o conselho funcione de acordo com o desejo de todos

           Esperamos que com a revitalização do Conselho Escolar haja o cumprimento das seguintes atribuições:
  • Reuniões periódicas (reunião mensal de acordo com a SEC: secretaria estadual da educação) com pauta previamente distribuída aos conselheiros
  • Após as reuniões: Os conselheiros devem convocar novamente os segmentos que representam para informar a respeito das decisões tomadas
  • Assembléias-gerais, que contam com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (soberanas nas suas decisões)
  • Tanto as assembléias quanto as reuniões do Conselho Escolar devem ser realizadas com a presença da maioria dos representantes, (De acordo com a SEC Mais de 50% do conselho) sendo todas as discussões, votações e decisões registradas em atas, que serão lidas, aprovadas e assinadas e colocadas à disposição da comunidade escolar.  (Sales, Slides 7e 8)
           A gestão escolar democrática, ativa, participativa com ênfase na representatividade dos seguimentos é o caminho para o envolvimento buscando a educação de qualidade como direito e dever de todos

 
Referencias 

Albuquerque Jader, Sales Kathia.  Slides. Conselhos Escolares. http://moodle3.mec.gov.br/ufba/course/view.php?id=31 Acesso em 18 dez 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Gestão da educação escolar. Brasília: UnB, CEAD, 2004 vol. 5. p. 25.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9.394/96. Disponível em: < http://www.mec.gov.br/legis/default.shtm >. Acesso em: 17 dez. 2010.

DOURADO, Luiz; COSTA, Messias. Escolha de dirigentes escolares no Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasília: ANPAE; Fundação Ford; INEP, 1998. (Série estudos e pesquisas, caderno 4). www2.ifrn.edu.br/ppi/lib/exe/fetch.php?media=textos:04... - html>. Acesso em 18 dez 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa Editora Paz e Terra. Coleção Saberes. 1996 36ª
Ediçãohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_representativa acesso em 18 dez 2010.
Oliveira, João Ferreira, Moraes, Karine Nunes de Dourado, Luiz Fernandes. Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação de Artigos científicos disponível em http://moodle3.mec.gov.br/ufba/mod/resource/view.php?id=2663 html >. Acesso em 18 dez 2010.

PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 1997.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica. Campinas/SP: Autores Associados,1997.






[1] Pós-graduando  em Gestão escolar  pela universidade  Federal da Bahia
[2] Democracia representativa é o ato de um grupo ou pessoa ser eleito, normalmente por votação, para "representar" um povo ou uma população, isto é, para agir, falar e decidir em "nome do povo". Os "representantes do povo" se agrupam em instituições chamadas Parlamento, Congresso ou Assembleia da República

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Relatório da Intervenção




UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA / FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESCOLAR

Cursista: Manoel Augusto Miranda Dourado               Pólo: 14
Título Do Projeto:  A Re-elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Idalina da Silva Dourado
Escola: Colégio Estadual Idalina da Silva Dourado                                         
Município da Escola: João Dourado                Rede: Estadual
Data: 27 de novembro de 2010


Relatório da Intervenção

      O projeto de intervenção está sendo colocado em prática a partir de uma necessidade real do Colégio estadual Idalina de ter um projeto que o conduza na direção de uma gestão democrática, ativa e participativa.
      A metodologia utilizada para a implementação PI (projeto de intervenção) está sendo a pesquisa-ação, pesquisa qualitativa, pois possibilita a participação de toda a comunidade, um dos princípios da gestão democrática. O anseio pela participação popular no Ambiente Escolar se justifica, pois as decisões tomadas por um grupo têm legitimidade e respaldo, a unidade escolar vai à busca desta eficiência, crendo que a mobilização proporcionará a construção do PPP com a cara da comunidade.
      A pesquisa-ação é o método ideal para a proposta: fazer um PI (Projeto de Intervenção) com uma problemática da unidade escolar. Tendo a clara intenção de envolvimento, participação da comunidade escolar. Paulo Freire diz de forma bastante interessante o valor de investigação, da pesquisa que movida pela curiosidade e na busca de produzir conhecimento.

Sem curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Exercer a minha curiosidade de forma correta é um direito que tenho como gente e a que corresponde o dever de lutar por ele, o direito à curiosidade. Com a curiosidade domesticada posso alcançar a memorização mecânica do perfil deste ou daquele objeto, mas não o aprendizado real ou o conhecimento cabal do objeto. A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade, sua capacidade crítica de tomar distância do objeto, de observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo, de cercar o objeto ou fazer sua aproximação metódica, sua capacidade de comparar, de perguntar. (Freire, 1986).

      Coadunamos com o pensamento de Thiollent quando diz que a pesquisa-ação.

É um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (Thiollent, 2003).

      A construção deste processo se dá de forma social, com a participação ativa de todos envolvidos. Por isso.
A pesquisa-ação possui um processo integrador entre pesquisa, reflexão e ação, retomadas ciclicamente, dando tempo e espaço para que a integração pesquisador-grupo se aprofunde, permitindo que a prática desse processo, aos poucos, torne-se mais familiar, como também o tempo para que o conhecimento interpessoal se aprofunde. Elliot (1998)


      A re-elaboração do PPP (projeto político pedagógico) vem acontecendo de forma muito boa, com a participação de todos os setores da comunidade escolar, usando como base a metodologia da pesquisa-ação. Acredito que o trabalho será excelente e renderá frutos e de fato alcançará os objetivos propostos que é ter um documento de referencia, com a cara e o pensamento da comunidade.


Quadro 1 – Ações planejadas e realizadas na intervenção
Ação
Responsável (is)
Problemas encontrados na execução da ação e estratégias de intervenção
Discussão das reais necessidades da escola.
Comunidade escolar
Mobilização da comunidade escolar
Debater sobre o que a escola precisa para melhor.
Comunidade escolar
Dificuldade de reunir todos os seguimentos juntos.
Colocar no papel as idéia de todos e fazer votação sobre os pontos em conflito.
Comunidade escolar
Chegar a um consenso sobre o que escrever

Quadro 2 – Ações planejadas e não realizadas na intervenção
Ação
Responsável (is)
Motivos pelos quais a ação não foi realizada
Re-escrever o novo PPP.
Comunidade escolar
O novo PPP precisa de mais tempo para ser escrito.

Quadro 3 – Ações não planejadas e realizadas na intervenção
Ação
Responsável (is)
Recurso(s) necessário(s)
Como esta ação pode contribuir para alcançar o objetivo da intervenção?
Leitura de textos relacionados ao tema durante todo o tempo.
Equipe gestora
Textos e livros sobre o tema
Maior conhecimento teórico que pode se refletir na pratica
Análise crítica do andamento da intervenção.

 A re-elaboração está acontecendo dentro de um cronograma que prevê
Cronograma geral (quadro postado no PI)

AÇÕES
2010
2011
MESES
jun.
jul.
ago.
set.
out.
nov.
dez.
jan.
fev.
mar.
abr.
maio
Leitura de textos relacionados ao tema
 X
X










Realização da reunião para apresentação da proposta de re-elaboração do PPP na escola.

X










Confecção do projeto de intervenção

X
X
X








Outras reuniões para discutir a re-elaboração do PPP.


X

X








Leitura do PPP da escola


X









Discussão das reais necessidades da escola.


X
X
X







Escrita do PPP




X
X
X






Percebemos que dentro o tempo previsto para escrita do PPP não vai ser suficiente, pois a previsão para dezembro da escrita final não vai ser possível.
Analisando de forma criteriosa as ações vemos:
·        Leituras de textos relacionados ao tema previsto para junho e julho vêm a real necessidade de ser usada em tempo integral;
·        Realização da reunião para apresentação da proposta de re-elaboração do PPP na escola. Marcada para mês de Julho, aconteceu em dois momentos em julho e agosto.
·        Confecção do projeto de intervenção. Previsto para julho, agosto e setembro se estendeu pelo mês de outubro;
·        Outras reuniões para discutir a re-elaboração do PPP. Agosto e setembro também se estenderam por mais tempo;
·        Leitura do PPP da escola, esta ação foi a única que aconteceu no tempo indicado agosto;
·        Discussão das reais necessidades da escola. Também se deu em um tempo maior.

Podemos então perceber que o tempo das ações não vem acontecendo dentro do previsto e vamos buscar a finalização da escrita do PPP até a semana pedagógica do ano vindouro, pois a pesquisa, ação, reflexão, pesquisa... Fará parte do cotidiano desta escola que quer oferecer ensino com qualidade e buscando melhorar sempre.




Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da automonia : saberes necessários à prática educativa. 27. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1986.

PARO, Vitor H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Ática, 2002

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa ação. 12. São Paulo: Cortez, 2003.

VEIGA, Ilma Passos. O Projeto Político-Pedagógico na escola. São Paulo. Cortez, 1995.